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Os principais indicadores para a gestão pública de escolas e secretarias de educação

4 min de leitura

O INEP apresenta quinze indicadores educacionais que precisam ser avaliados na gestão pública para garantir a qualidade da educação no país.

O INEP apresenta quinze indicadores educacionais que precisam ser avaliados na gestão pública para garantir a qualidade da educação no país.


A importância da gestão pública educacional no Brasil é imensa. Mais de 37 milhões de estudantes (segundo o Censo 2024) passam por salas de aula de escolas públicas, na educação básica, e dependem disso para construírem o próprio futuro. 

Assim, o sucesso, o bem-estar e o desenvolvimento desses milhões de crianças e adolescentes, distribuídos entre Educação Infantil e Ensino Fundamental e Médio, dependem diretamente de uma educação pública de qualidade, com bons indicadores educacionais.

Afinal, tanto a escola pública quanto a secretaria de educação precisam ser capazes de medir seu sucesso educacional e saber se estão andando no caminho certo.

Por isso, continue sua leitura e saiba quais são os principais indicadores educacionais na gestão pública:

O que são e para que servem os indicadores educacionais na gestão pública?

Na prática, indicadores educacionais para escolas públicas, ou mesmo para secretarias de educação, são dados que medem a eficiência da gestão, o rendimento escolar, o esforço docente e outros elementos do trabalho no setor.

Em uma escola pública, eles são fundamentais para avaliar a qualidade do ensino ofertado e monitorar o progresso dos alunos. Também servem como guias para a construção de estratégias de implementação de melhorias educacionais e para identificar e corrigir problemas.

Sua função principal, no entanto, é a de prestar contas sobre o uso dos recursos educacionais. Afinal, a educação pública recebe valores do município, do estado e do país, e as escolas devem aplicá-los de forma adequada, estratégica e rastreável. Então os indicadores educacionais servem para avaliar o sucesso dessa aplicação.

Da mesma forma, na gestão pública de uma secretaria municipal de educação, os índices educacionais ajudam a avaliar o sucesso das escolas na aplicação dos recursos investidos. 

Além disso, também permitem monitorar a qualidade do ensino nas diferentes escolas em seu território e criar estratégias de gestão pública baseadas em dados para aumentar a qualidade da educação municipal.

O mesmo vale em uma secretaria estadual de educação, mas em um porte muito maior. Esse órgão da gestão pública deve monitorar centenas de escolas e os indicadores educacionais possibilitam esse acompanhamento de forma eficiente, imparcial e inteligente.

Quais são os indicadores educacionais INEP na escola pública?

Há muitos indicadores que podem ser usados para acompanhar o desempenho de uma escola pública, desde números básicos, como as taxas de evasão escolar e de alfabetização nos anos iniciais, até indicadores complexos, como o índice de satisfação da comunidade escolar.

Então, para direcionar de maneira mais efetiva o olhar das escolas e secretarias de educação, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) instituiu uma lista de quinze indicadores a serem monitorados na gestão pública.

Confira quais são os indicadores educacionais Inep:

1. Adequação da formação docente

Este indicador avalia se os professores possuem a formação superior adequada para as disciplinas que lecionam. Essa adequação é fundamental para oferecer o melhor ensino possível para seus alunos.

O índice identifica cada docente em um entre estes cinco grupos:

  • Grupo 1: Formação superior de licenciatura (ou bacharelado com complementação pedagógica) na área da disciplina que leciona.
  • Grupo 2: Formação superior de bacharelado, sem complementação pedagógica, na área da disciplina.
  • Grupo 3: Formação superior de licenciatura (ou bacharelado com complementação pedagógica) em área diferente daquela que leciona.
  • Grupo 4: Formação superior não considerada nas categorias anteriores.
  • Grupo 5: Sem formação superior.

2. Complexidade de gestão da escola

Aqui avalia-se o quão complexa é a gestão da escola pública, a partir das seguintes características:

  • Porte da escola
  • Número de turnos de funcionamento
  • Quantidade e complexidade de modalidades e etapas oferecidas

Essa noção é importante para saber o aporte de investimento necessário e para planejar estratégias educacionais adequadas.

3. Esforço docente

Este é o indicador que mede a possível sobrecarga dos professores, avaliando:

  • Número de turnos de trabalho
  • Número de escolas e etapas de atuação
  • Quantidade de alunos atendidos na educação básica

A classificação vai do nível 1 ao 6. Os níveis mais elevados sinalizam maior esforço — e, consequentemente, maior risco de sobrecarga na rotina desse docente.

🔎 Leia mais: Saiba tudo sobre gestão de professores na escola.

4. Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb)

Esta iniciativa do Inep mede o desempenho da educação pública a partir de dados sobre aprovação escolar, obtidos no Censo Escolar, e das médias de desempenho dos alunos no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb).

Segundo o próprio Inep, a comparação dos dois elementos permite equilibrar as dimensões do sucesso escolar e avaliar a necessidade de melhorias em diferentes pontos do sistema educacional.

“O índice também é importante condutor de política pública em prol da qualidade da educação”, acrescenta o Instituto.

5. Indicadores financeiros educacionais

Aqui tratamos da saúde financeira da escola. Esse indicador vem de informações indiretas provenientes de sistemas contábeis da administração pública.

O indicador mede percentuais de investimentos públicos em relação ao PIB em diferentes níveis de ensino, além do valor por estudante, entre outros.

6. Média de alunos por turma

Aqui temos o tamanho médio das turmas em diferentes níveis de ensino. É um dado essencial para avaliar se o número de estudantes é adequado para oferecer um ensino de qualidade, com a atenção necessária para cada aluno.

7. Média de horas-aula diária

Este indicador mede o tempo médio diário que o aluno permanece na escola, dividindo esse valor em diferentes etapas de ensino, considerando educação infantil e Ensino Fundamental e Médio.

8. Nível socioeconômico (Inse)

O Indicador de Nível Socioeconômico (INSE) foi criado pela Diretoria de Avaliação da Educação Básica (Daeb), a partir dos resultados do questionário do estudante do Saeb.

O objetivo é conhecer a realidade socioeconômica das escolas e contextualizar essa questão com os resultados dos alunos em exames e avaliações. O índice também serve para embasar a aplicação de políticas públicas.

9. Percentual de docentes com curso superior

Este indicador mede o nível de formação dos docentes em exercício que têm formação superior completa.

🔎 Leia mais: Formação de educadores: quais são as principais tendências para professores na educação do futuro?

10. Regularidade do corpo docente

Aqui mede-se a permanência dos professores nas escolas de educação básica, avaliando o vínculo do educador com essas instituições de ensino.

11. Remuneração média dos docentes

Este índice considera a remuneração mensal dos docentes em exercício em sala de aula e está diretamente ligado à Meta 17 do Plano Nacional de Educação, que defende “valorizar os (as) profissionais do magistério das redes públicas de educação básica de forma a equiparar seu rendimento médio ao dos (as) demais profissionais com escolaridade equivalente”.

12. Taxas de distorção idade-série

Este é um indicador fundamental da qualidade do ensino, medindo a adequação da idade do aluno com a série que ele está cursando.

No Brasil, a idade de seis anos é tida como adequada para começar o Fundamental, que tem nove anos de duração. Assim, fica fácil medir qual é a idade correta para cada série ao longo do Ensino Fundamental e Médio.

A partir desse indicador, pode-se medir o percentual de estudantes que estão em situação de atraso escolar — e tomar providências sobre o tema.

13. Taxas de não-resposta (TNR)

Aqui mede-se o percentual de alunos que não têm dados de rendimento escolar, nem de movimento (informações como abandono, transferência ou falecimento). 

A ausência desses números pode ocorrer por inconsistências, falta de registro nas escolas, entre outros problemas, mas pode prejudicar a análise dos outros dados. Afinal, acaba sendo um “buraco” nas informações de aprendizado.

Dessa forma, um percentual  baixo neste índice é fundamental para secretarias de educação terem uma visão clara das escolas no seu território.

14. Taxas de transição

Também chamadas de indicadores de fluxo escolar, estas taxas incluem dados como repetência, promoção, evasão e migração para a educação de jovens e adultos (EJA). O objetivo delas é analisar a trajetória dos estudantes no ambiente da educação básica.

15. Taxas de rendimento

Aqui medem-se a aprovação, a reprovação e o abandono, para ajudar a medir o sucesso educacional da escola e do sistema de educação pública.

Como melhorar os indicadores educacionais na gestão pública?

Escolas e secretarias de educação podem potencializar os seus índices com algumas práticas importantes, como:

Incentivar a formação de docentes

Como vimos, a formação de professores é diretamente importante em mais de um índice — tendo também influência indireta em indicadores de rendimento. Afinal, professores com uma formação mais adequada tem o potencial de oferecer um ensino de maior qualidade.

Portanto, é fundamental incentivar que os educadores busquem o aprendizado necessário para a disciplina que lecionam. Além disso, também é interessante motivar a formação continuada.

Aplicar estratégias de solução de problemas

Excesso de esforço docente, baixa regularidade de professores e problemas de rendimento são alguns exemplos de desafios para melhorar os indicadores educacionais na gestão pública. E não há uma “receita de bolo” que permita resolver todos eles.

Por isso, é importante buscar estratégias de solução de problemas que permitam ver cada desafio de forma individual, mas pertencente ao todo. De forma a encontrar as melhores técnicas para melhorar seus números.

Um exemplo é o design thinking na educação. Essa prática propõe um método para criar soluções criativas para problemas complexos — tudo de forma humana, priorizando a empatia e a experiência das pessoas envolvidas: alunos, responsáveis, professores, etc.

🔎 Entenda: Design thinking na educação: entenda o que é e como aplicar na sua gestão pedagógica.

Analisar os dados educacionais

Esta é uma dica essencial: só é possível melhorar seus indicadores educacionais se sua equipe avaliá-los frequentemente, de forma clara e organizada, identificando gargalos e desafios, e explorando diferentes oportunidades.

🔎Leia mais: A importância da coleta e análise de dados educacionais.

Contar com um sistema que otimize a gestão na educação pública

Para completar, deixamos aqui uma dica poderosa. Com um sistema de gestão focado na escola pública sua equipe terá as ferramentas certas para reduzir os erros na gestão, melhorar o rendimento dos alunos e organizar o dia a dia educacional com eficiência e bons resultados.

Um sistema como o Sponte Gov, por exemplo, centraliza os processos escolares em uma só plataforma, de maneira segura e totalmente integrada aos dados do Inep. 

Ele oferece soluções para agilizar as matrículas, melhorar o registro de informações pedagógicas, organizar demandas como transporte e merenda, etc. Além disso, o Sponte Gov também conta com relatórios em tempo real, com gestão completa e inteligente dos indicadores estratégicos e operacionais da educação pública.

Acesse nosso site e saiba mais sobre como o Sponte Gov pode ajudar a gestão pública da educação:

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Mestra em Letras: Linguagem, Cultura e Sociedade, com ênfase em Literatura, Sociedade e Interartes pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Especialista em Comunicação e Marketing, Liderança e Gestão de Pessoas e em Recursos Humanos. Licenciada em Letras - Português e Inglês e em Pedagogia. Possui experiência na área de educação nos seguintes níveis: Ensino Fundamental II, Ensino Médio, Ensino Técnico e Ensino Superior. Também já atuou no mercado editorial e como autora de materiais didáticos da área de linguagens. Atualmente, é líder do setor de marketing da Sponte, vertical de Educação da Linx, empresa do grupo Stone Co.

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