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O que é alfabetização emocional e como aplicá-la na escola

3 min de leitura

A alfabetização emocional é um passo importante para oferecer educação socioemocional para seus alunos e ajudá-los a compreender e a expressar seus próprios sentimentos.

A alfabetização emocional é um passo importante para oferecer educação socioemocional para seus alunos e ajudá-los a compreender e a expressar seus próprios sentimentos.


Ensinar a ler e a escrever é uma missão importantíssima da escola, mas há um outro tipo de letramento que vai além disso: é a alfabetização emocional.

Esse conceito educacional tem ganhado cada vez mais espaço nas escolas e se mostra como um poderoso aliado para o desenvolvimento pleno e saudável dos estudantes.

Para entender melhor a alfabetização emocional e saber como aplicá-la em sua instituição de ensino, continue a leitura:

O que é a alfabetização emocional na prática

A alfabetização emocional é uma proposta inserida no conceito geral de educação socioemocional — uma estratégia de ensino focada no desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais dos estudantes.

Nesse contexto, a alfabetização emocional é um ponto inicial do processo. Ela dá aos alunos as ferramentas para conhecerem, regularem e comunicarem seus próprios sentimentos, assim como entenderem melhor as emoções das outras pessoas.

Podemos até fazer uma comparação com a alfabetização tradicional. Enquanto esta mostra como ler e escrever o alfabeto, a alfabetização emocional ensina a entender e comunicar um elemento mais sutil: as emoções.

Com isso em mente, o próximo passo é entender a importância da alfabetização emocional e do desenvolvimento de habilidades socioemocionais na educação infantil. Confira:

A importância da educação socioemocional desde anos iniciais

Os primeiros passos da alfabetização emocional são recomendados desde a primeira infância, para que seus alunos possam desenvolver competências socioemocionais e lidar melhor com esse novo mundo em que eles estão entrando ao chegar à escola.

Os benefícios de investir nessa educação socioemocional desde cedo são muitos. Confira os principais:

1. Ajuda a compreender suas próprias emoções

A escola é um mundo novo, onde as crianças se veem longe dos pais, conhecem mais gente, mudam a rotina, e são inundadas por muitas emoções — que parecem incompreensíveis e difíceis de lidar neste primeiro momento.

A alfabetização emocional age justamente nesse passo, ajudando-as a compreender o que estão sentindo e mostrando que esses sentimentos são normais.

2. Abre o caminho para o aluno expressar seus sentimentos

Um passo importante para lidar com os próprios sentimentos é saber comunicá-los, e essa é uma das funções centrais da alfabetização emocional.

3. Permite lidar melhor com as frustrações e conflitos

Muitas crianças só começam a ter de lidar com problemas e frustrações depois de entrarem na escola, e não saber lidar com isso acaba sendo motivo para crises emocionais. 

Uma boa educação socioemocional ensina resiliência e estratégias para trabalhar situações desse tipo de maneira mais saudável.

4. Colabora para a tomada de decisões individuais

A indecisão é uma característica muito comum durante a infância. Afinal, muitas crianças crescem acostumadas a terem os pais e responsáveis tomando decisões por elas. 

Com a alfabetização emocional, elas conquistam maior autonomia, entendem melhor o que gostam ou não, e conseguem compreender as consequências de suas próprias escolhas.

5. Melhora o convívio em grupo

A falta de maturidade emocional durante o desenvolvimento pode levar a problemas comportamentais, crises de ansiedade, depressão, bullying na escola e outras situações negativas.

Ao desenvolver habilidades socioemocionais na educação infantil, você consegue evitar a maioria dessas situações e melhora a vivência dos alunos com seus colegas.

6. Colabora com o desenvolvimento pessoal

Uma criança com maior maturidade emocional vai se desenvolver de forma mais saudável e plena, com menos fatores prejudicando sua aprendizagem e seu crescimento pessoal.

🔎 Leia mais: A importância de trabalhar o socioemocional na escola.

Como aplicar a alfabetização emocional desde os primeiros anos

Confira boas práticas para começar a desenvolver as habilidades socioemocionais na educação infantil, com uma alfabetização emocional adequada:

Implantar um projeto de educação socioemocional para todas as idades

Um bom projeto de educação socioemocional, que atenda todas as séries, é o passo mais importante para garantir a alfabetização emocional. 

Esse projeto deve contar com momentos estruturados para o desenvolvimento socioemocional, com aulas, atividades complementares e palestras focadas nos alunos, mas com espaço para toda a comunidade, incluindo famílias, professores e a equipe da escola.

🔎 Leia mais: Educação socioemocional: práticas para a gestão escolar desenvolver na escola.

O programa deve estar previsto no planejamento pedagógico de maneira clara e bem planejada, ocupando um espaço também na elaboração do currículo escolar.

Contar com abordagens pedagógicas que ajudem na alfabetização emocional

Há várias metodologias de ensino que dão um destaque adequado ao desenvolvimento de habilidades socioemocionais dos alunos. 

O Método Reggio Emilia, por exemplo, tem foco na infância e estimula o trabalho com as emoções dos pequenos.

Já o Método Montessori se destaca por envolver as questões afetivas na educação. Ele cria nas crianças e adolescentes um senso de responsabilidade pelo próprio aprendizado — algo muito positivo para melhorar o desenvolvimento e a educação socioemocional.

🔎 Leia mais: Quais são as principais abordagens pedagógicas e como escolher a melhor para sua escola?

Implantar a disciplina positiva

Para realizar a alfabetização emocional adequadamente, é preciso que os alunos sintam-se ouvidos, compreendidos e respeitados. Por isso, busque trabalhar a disciplina positiva.

Esse conceito propõe deixar de lado punições tradicionais ao disciplinar os alunos, substituindo-as por uma conexão verdadeira, estímulo à autonomia e respeito mútuo.

🔎 Leia mais: Saiba o que é disciplina positiva na escola e como aproveitar seus benefícios.

Capacitar o corpo docente para a alfabetização emocional

No dia a dia educacional, quem mais passa tempo com os alunos são os professores — e são eles os principais responsáveis por colocar em prática a alfabetização emocional, seja durante as aulas, seja por meio de atividades específicas.

Contudo, para que o processo seja efetivo, esses educadores precisam entender muito bem os conceitos de educação socioemocional e o que é possível explorar em sala de aula.

Então, invista em formação continuada e incentive seus professores a estudar alfabetização emocional, disciplina positiva e outros conceitos relacionados.

🔎 Leia mais: Formação de educadores: quais são as principais tendências para professores na educação do futuro? 

No mesmo sentido, também é preciso cuidar da saúde mental dos professores. Afinal, apenas com emoções saudáveis eles serão capazes de ajudar os alunos a tratarem dos próprios sentimentos.

Envolver pais e responsáveis

A educação socioemocional não pode acontecer apenas na escola. Ela deve ocorrer também no ambiente familiar, com plena participação de pais e responsáveis.

Para isso, receba-os na escola, apresente a importância da alfabetização emocional e proponha atividades conjuntas em que eles possam participar com as crianças, tanto em casa quanto no ambiente escolar.

🔎 Leia mais: Saiba como melhorar o engajamento com a comunidade escolar.

Realizar avaliações socioemocionais e momentos de conversa 

Não existe uma “receita de bolo” para fazer a alfabetização emocional de seus alunos. Cada escola precisa adequar as práticas às suas próprias realidades e necessidades — e modificar esse processo para que ele mantenha-se sempre efetivo.

Para isso, realize avaliações socioemocionais frequentes com seus estudantes, avaliando ponto a ponto o que está dando certo e o que precisa de mudanças.

🔎 Leia mais: O que é avaliação socioemocional na escola? Confira dicas práticas

Proporcionar momentos de conversa também é uma ótima opção para ter essa percepção. Com uma política de portas abertas, professores, pedagogos e gestores poderão ouvir críticas, sugestões e impressões dos alunos, que são muito valiosos.

Como bônus, essas práticas também fortalecem a sensação de respeito mútuo entre estudantes e gestão da escola.

Criar um ambiente de aprendizagem adequado para a educação emocional

Pouco adianta ter um grande projeto de alfabetização emocional se o seu ambiente escolar não proporcionar uma boa experiência para os alunos, com exemplos de comportamentos positivos.

Professores, pedagogos, gestores e outros membros da comunidade escolar devem ser treinados para validar as emoções das crianças com escuta ativa, reagir sem explosões, e mostrar que a escola é um lugar seguro para a criança se expressar.

Esse ambiente também deve contar com diversidade, inclusão e representatividade real, para acolher a todos, sem discriminação.

Tudo isso com responsabilidade, considerando as consequências das ações de cada um — independente de ser um aluno ou professor.

Além disso, é preciso investir em uma comunicação de qualidade, junto da eficiência no atendimento e da organização geral da escola. Esses elementos ajudam a criar um ambiente agradável, e podem ser aprimorados com ferramentas como o sistema de gestão escolar Sponte.

Se quiser conhecer mais sobre o sistema e o que podemos fazer para melhorar seu ambiente educacional, acesse o site e confira:

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Mestra em Letras: Linguagem, Cultura e Sociedade, com ênfase em Literatura, Sociedade e Interartes pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Especialista em Comunicação e Marketing, Liderança e Gestão de Pessoas e em Recursos Humanos. Licenciada em Letras - Português e Inglês e em Pedagogia. Possui experiência na área de educação nos seguintes níveis: Ensino Fundamental II, Ensino Médio, Ensino Técnico e Ensino Superior. Também já atuou no mercado editorial e como autora de materiais didáticos da área de linguagens. Atualmente, é líder do setor de marketing da Sponte, vertical de Educação da Linx, empresa do grupo Stone Co.

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