Muitas escolas priorizam o ensino socioemocional para os alunos. Mas e a equipe pedagógica? Como anda a saúde mental de quem ensina?
Diretor, é preciso lembrar que a escola é também uma empresa, e como tal, deve cuidar do bem-estar dos seus colaboradores. Com as alterações recentes na Normativa nº 1 do Ministério do Trabalho, torna-se responsabilidade legal da escola promover ações para saúde mental no ambiente de trabalho.
O que os dados dizem sobre a saúde mental dos professores?
A rotina educacional está cada vez mais exaustiva. Segundo a Fiocruz, 72% dos professores apresentam sinais de esgotamento emocional e 30% já sofrem com burnout. Além disso, 75,5% dos docentes apontam questões psicológicas como motivo para abandonar a carreira, segundo a pesquisa da ONG Conectando Saberes.
Afinal, quantos de nós conhecemos um profissional da área da educação que sofre de ansiedade, síndrome do pânico ou depressão?
Se nada for feito, o Brasil pode enfrentar uma escassez de profissionais: de acordo com dados do Semesp, a projeção é de que o país tenha um déficit de 235 mil professores de educação básica até 2040.
Por isso, investir em inteligência emocional deixou de ser opcional. É uma medida estratégica e legal. Ambientes mais saudáveis geram menos estresse, mais empatia e melhores resultados.
Cuidar dos educadores é garantir o futuro da educação. Sua escola forma vidas — e tudo começa pela sua equipe.
