O currículo escolar serve para guiar a gestão pedagógica da escola, indicando objetivos, conteúdos, metodologias e outros elementos do ensino.
O currículo escolar é um dos elementos mais importantes na hora de organizar um ano letivo. Ele é responsável por orientar o processo de ensino e aprendizagem, e pode ser um verdadeiro diferencial da escola.
Mas, para isso, é preciso entender os diferentes tipos de currículo escolar na educação básica, além de compreender sua importância no contexto educacional e descobrir como construir o seu próprio currículo da melhor forma possível.
Para isso, continue a leitura e aprenda mais sobre currículos escolares:
Basicamente, os currículos escolares são documentos criados em uma instituição de ensino para guiar as atividades de cada série no decorrer do ano letivo.
O conteúdo desses documentos deve incluir objetivos educacionais daquele período letivo, os conteúdos a serem aplicados, as metodologias utilizadas e uma programação das avaliações que os alunos deverão cumprir.
Ou seja: a função do currículo no contexto escolar é servir como um guia para a gestão pedagógica da sua escola e para os professores, além de mostrar o planejamento de conteúdos e avaliações para alunos, pais e responsáveis.
Afinal, por meio do currículo escolar eles podem ter uma visão mais clara de como o ano vai se desenrolar no ambiente educacional.
Esse é um planejamento que deve dialogar muito de perto com o Projeto Político Pedagógico (PPP). Enquanto o PPP determina os objetivos e valores da escola, como um todo, o currículo escolar estabelece o caminho pelo qual isso será alcançado — por meio de delimitações de conteúdo, organização de metodologias, etc.
Além disso, o currículo escolar — feito a partir das orientações da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) — também é fundamental para garantir que todos os alunos no Brasil tenham uma formação básica comum, que ofereça todas as informações mais importantes, e que respeite e diversidade social, regional e pessoal na sua escola.
Desde sua divulgação, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) se tornou o principal referencial para a elaboração dos currículos escolares no Brasil.
Na concepção dessa normativa federal, o currículo escolar é visto como um documento de grande importância, responsável por orientar os processos de ensino em uma escola — como já vimos no tópico anterior.
A BNCC, no entanto, apresenta um elemento a mais. Ao mesmo tempo em que devem seguir a base nacional — que funciona como um guia repleto de diretrizes para orientar as etapas da educação básica — os currículos escolares devem ser adaptados para a realidade de cada escola.
Isso significa levar em conta a diversidade cultural e local dos estudantes, além das necessidades específicas da escola e de seu entorno.
Como a própria Base afirma:
Como já deve ter ficado claro: a função do currículo no contexto escolar é organizar e planejar o ano letivo. No entanto, a escola dificilmente vai ser capaz de seguir esse planejamento à risca.
Você certamente sabe que a gestão pedagógica escolar é cheia de imprevistos, e que a ideia de currículo muda durante o ano para se adequar aos alunos, às possibilidades da escola e à própria realidade educacional.
Por isso mesmo, há três diferentes tipos de currículo escolar, divididos de acordo com a sua manifestação:
Este é o currículo oficial da escola, estabelecido pela própria instituição, seguindo as normas da BNCC. É dele que falamos até aqui, funcionando como um plano de ensino, incluindo objetivos de aprendizagem, abordagens pedagógicas, avaliações e conteúdos a serem apresentados.
Este é o termo usado para descrever o currículo efetivamente aplicado durante a prática pedagógica. Ele é orientado pelo currículo formal, mas recebe influência da postura dos professores, das necessidades dos alunos, dos recursos disponíveis, entre outros elementos.
É importante ter essa flexibilidade em relação ao currículo formal, mas sem nunca perdê-lo de vista. Assim é possível cumprir os objetivos educacionais efetivamente.
Este é um currículo “informal”. Ele não está documentado, mas faz parte da realidade escolar, incluindo atitudes, normas sociais e culturais, organização da escola, práticas cotidianas, etc.
É um conceito sobre como a escola se organiza, que pode — e deve — impactar as outras manifestações do currículo escolar.
Agora que entendemos a função do currículo no contexto escolar, é hora de saber como fazer o seu. Para isso, organizamos um passo a passo bastante detalhado. Confira:
Ter a Base Nacional Comum Curricular como um guia na hora de criar um currículo escolar é essencial.
Afinal, ela define unidades temáticas e objetos de conhecimento a serem estudados, assim como as habilidades e aprendizagens fundamentais de cada período de ensino. Tudo para oferecer um ensino de qualidade, democrático, acessível e completo, além de alinhado com as outras escolas do país.
Ainda que ofereça princípios educacionais a serem seguidos, a BNCC também entende que cada escola tem suas especificidades. O Brasil é um país imensamente diverso, e as instituições de ensino têm diferentes realidades regionais, possibilidades financeiras, demandas da comunidade escolar, entre outras variáveis.
Nesse cenário, a Base Nacional prevê que a gestão pedagógica deve tomar decisões para atender a essas necessidades e “adequar as proposições da BNCC à realidade local, considerando a autonomia dos sistemas ou das redes de ensino e das instituições escolares, como também o contexto e as características dos alunos”.
Além disso, as decisões não devem ser tomadas apenas internamente. Pelo contrário: precisam envolver também as famílias dos alunos e toda a comunidade escolar.
Entre as tarefas da gestão nesse sentido, conforme apontado pela BNCC para a composição do currículo escolar, estão:
🔎 Leia mais: Tudo sobre a BNCC: sua escola está adequada à Base Nacional Comum Curricular?
A BNCC menciona a importância do engajamento da comunidade escolar, e, de fato, currículos escolares só podem ser construídos de maneira efetiva se contarem com a participação de alunos, pais, responsáveis, professores e outros educadores de sua instituição.
Isso porque eles também têm pontos de vista sobre como deve ser o período letivo — e esse conhecimento tem o potencial de ajudar a construir um currículo muito mais adequado para suas necessidades.
Como mencionamos mais cedo, o planejamento do currículo deve dialogar muito de perto com o Projeto Político Pedagógico (PPP).
Por isso, na hora de definir seus currículos escolares, tenha o PPP sempre por perto, para servir como um farol dos objetivos que precisam ser alcançados no período letivo.
🔎 Leia mais: Tudo sobre o Projeto Político Pedagógico para sua escola.
Enquanto o PPP apresenta objetivos gerais da instituição de ensino, os currículos escolares devem conter objetivos específicos de cada período letivo. Isso envolve transmitir determinados conhecimentos e desenvolver certas habilidades nos estudantes.
Busque definir esses objetivos seguindo tanto as orientações da BNCC e os princípios do PPP quanto as demandas específicas de sua própria escola.
Este passo se divide em dois. Em primeiro lugar, é preciso escolher a abordagem pedagógica de sua escola.
Há várias opções e é possível selecionar um caminho e incluir elementos de diferentes abordagens para enriquecê-lo. O importante é que tudo isso deve estar apresentado em seu currículo escolar, para guiar o trabalho dos educadores.
🔎 Leia mais: Quais são as principais abordagens pedagógicas e como escolher a melhor para sua escola?
A segunda parte é a definição de estratégias de ensino, como a aplicação de metodologias ativas de aprendizagem. Estabeleça quais sua escola pode usar nesse período e busque opções modernas, que ofereçam melhor qualidade para o ensino.
Como a própria BNCC já apontou, é preciso ter algum tipo de avaliação prevista no currículo escolar. Mas isso não significa que você deve se ater às provas tradicionais.
O que importa aqui é entender qual é a melhor prática avaliativa dentro do contexto da sua escola e da abordagem educacional aplicada. A partir disso, descreva essa metodologia em seu currículo escolar — e tenha em mente que isso também pode ser modificado, caso sua comunidade escolar não responda positivamente.
🔎 Leia mais: Tudo sobre avaliação escolar: melhores práticas no processo avaliativo, objetivos e análise de resultados.
Este é o último passo: a partir das metodologias, abordagens e práticas previstas, defina a carga horária para o período letivo — seguindo a legislação e as possibilidades de sua realidade local.
Organize também os espaços a serem utilizados durante o ensino.
A última dica essencial aqui é: o currículo escolar não pode ficar parado no tempo. Pelo contrário: ele deve ser alvo de uma avaliação constante para garantir que realmente está atendendo as demandas da escola e alcançando os objetivos propostos.
Para fazer essa avaliação, tenha uma comunicação constante com a comunidade escolar e promova a formação dos professores, para que eles estejam prontos para compreender o currículo e melhorá-lo, quando necessário.
Por fim, conte com a tecnologia. Um sistema de gestão, como o Sponte, permite que você faça relatórios em tempo real, para ver os resultados da aprendizagem na sua escola — adaptando o currículo escolar de acordo com esses resultados.
Além disso, no Sponte, você pode registrar seu currículo de forma totalmente digital, podendo ainda editá-lo ao longo do ano letivo com facilidade e embasamento.
🔎 Leia mais: Como o Sponte melhora o currículo escolar da sua gestão de ensino?
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